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Com o objetivo de capacitar quem vive em situação de rua para atuar como defensora e defensor popular na proteção e promoção dos direitos humanos e no fortalecimento da rede de proteção, realizamos no último dia 20 de maio, o Curso presencial de Defensores Populares da População em situação de rua, no Canto da Rua Emergencial.




A abertura foi marcada pelas falas de Samuel Rodrigues, do MNPR, Alessandra Martins, Edson Franco e Matheus Resende, do CEDDH MG e Dra. Júnia Carvalho, da Defensoria Pública.


Os 22 participantes foram provocados a pensar e participar das dinâmicas sobre os seguintes assuntos:

  • Características e Perfil dos Defensores Populares;

  • Contextualização sobre as lutas por direitos, conquistas históricas e a construção de políticas públicas;

  • Redes de Proteção e Defesa.

Cristina Bove convidou os participantes a pensarem sobre as lutas e conquistas de direitos da pop de rua e a partir desse exercício, construírem juntos a “árvore dos direitos.”.


Além disso, os cursistas participaram de um teatro fórum interpretando uma cena de violação de direitos da retirada de pertences, realidade diária que está em situação de rua. A partir da atividade todos contribuíram com as características necessárias para as ações do defensor popular.


Os direitos das mulheres em situação de rua foi o tema da fala da nossa agente social, Alessandra Martins.



Direitos e espaços de garantia e dinâmica da construção de redes foram o temário do último painel apresentando pela advogada popular, Maria do Rosário e a coordenadora da Pastoral de Rua da Arquidiocese de Belo Horizonte, Claudenice Rodrigues. Os serviços públicos como educação, segurança pública, saúde, assistência social e parceiros da sociedade civil apareceram nesta rede idealizada e montada pelos participantes.


Encerramos o curso com música e o convite de Samuel para continuarem o processo formativo nas reuniões do MNPR.


Todos os participantes receberam o certificado. Ressaltamos ainda, a presença no curso de representantes da pop de rua de diversos espaços (pessoas em repúblicas, ocupações, em situação de rua e representantes em conselhos).

Atualizado: 26 de mai. de 2021

Realizamos nos dias 10, 11 e 18 de maio, três oficinas com o tema housing first, ou Moradia Primeiro. Conversamos sobre o assunto com as pessoas em situação de rua que utilizam os serviços ofertados no Canto da Rua Emergencial, a equipe técnica do local e moradores da Ocupação Anita Santos.


Abordamos por meio de uma dinâmica os caminhos conhecidos para acessar a moradia no contexto da política pública atual:


“MORO NA RUA”-“ABORDAGEM DE RUA “-“ALBERGUE”-“CENTRO POP”- “REPÚBLICA” - BOLSA MORADIA” foram as opções citadas pelos participantes, que contribuíram com relatos pessoais como o do senhor Paulo:


“Não há outro modelo para se chegar à moradia, senão esse. Tenho 30 anos lutando por moradia, o problema é que as pessoas não querem participar efetivamente da luta, aí desistem no meio do caminho”.

A segunda oficina aconteceu na Ocupação Anita Santos, com a fala inicial dos agentes sociais Alessandra e Edson contextualizando o surgimento e nome da Ocupação e também o conceito de Moradia Primeiro.



Falamos sobre o modelo de housing first, a importância da moradia e a garantia dos direitos, como desabafou o morador Daniel, um dos mais antigos da Ocupação:

“Quem é pobre, não tem direito a nada nesse país, ninguém consegue nada se não for à luta”, reclamou ele.


Sabemos da injusta distribuição de renda no Brasil e a falta de políticas públicas sérias para as pessoas postas à margem pela sociedade e governos.

Vale dizer, que a política atual de habitação para a população em situação de rua, funciona como uma “escada”, ou seja: para que alguém tenha direito à moradia é necessário passar por uma série de serviços com acompanhamento sistemático e só assim, talvez alcançar o tão sonhado direito a ter uma casa.


No Brasil existem duas experiências em curso baseadas no ‘Moradia Primeiro’ , em Curitiba (PR) e outra em Porto Alegre (RS).


Ouvimos alguns participantes, como a assistente social do Canto da Rua Emergencial, Paola que fez ponderações sobre as especificidades no Brasil em comparação às realidades em outros países onde esse projeto foi implantado. “Precisamos fortalecer o que já existe como política pública para a pop de rua daqui e não copiar projetos de fora", opinou ela.


Na próxima quinta-feira, 20 de maio, vamos realizar o curso de Defensores presencial.


Essa modalidade tem como público-alvo capacitar as pessoas que estão em situação de rua. O evento acontecerá das 14h às 18h, no Canto da Rua Emergencial, com todas as medidas de segurança.


O nosso objetivo é capacitar quem vive em situação de rua para atuar como Defensoras e Defensores Populares na proteção e promoção dos direitos humanos e no fortalecimento da rede de proteção.


Os temas abordados serão:

  • Características e Perfil dos Defensores Populares;

  • Contextualização sobre as lutas por direitos, conquistas históricas e a construção de políticas públicas;

  • Redes de Proteção e Defesa.

Para saber mais acesse: https://www.instagram.com/ceddhmg/





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