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Oficinas sobre o Housing First

Atualizado: 26 de mai. de 2021

Realizamos nos dias 10, 11 e 18 de maio, três oficinas com o tema housing first, ou Moradia Primeiro. Conversamos sobre o assunto com as pessoas em situação de rua que utilizam os serviços ofertados no Canto da Rua Emergencial, a equipe técnica do local e moradores da Ocupação Anita Santos.


Abordamos por meio de uma dinâmica os caminhos conhecidos para acessar a moradia no contexto da política pública atual:


“MORO NA RUA”-“ABORDAGEM DE RUA “-“ALBERGUE”-“CENTRO POP”- “REPÚBLICA” - BOLSA MORADIA” foram as opções citadas pelos participantes, que contribuíram com relatos pessoais como o do senhor Paulo:


“Não há outro modelo para se chegar à moradia, senão esse. Tenho 30 anos lutando por moradia, o problema é que as pessoas não querem participar efetivamente da luta, aí desistem no meio do caminho”.

A segunda oficina aconteceu na Ocupação Anita Santos, com a fala inicial dos agentes sociais Alessandra e Edson contextualizando o surgimento e nome da Ocupação e também o conceito de Moradia Primeiro.



Falamos sobre o modelo de housing first, a importância da moradia e a garantia dos direitos, como desabafou o morador Daniel, um dos mais antigos da Ocupação:

“Quem é pobre, não tem direito a nada nesse país, ninguém consegue nada se não for à luta”, reclamou ele.


Sabemos da injusta distribuição de renda no Brasil e a falta de políticas públicas sérias para as pessoas postas à margem pela sociedade e governos.

Vale dizer, que a política atual de habitação para a população em situação de rua, funciona como uma “escada”, ou seja: para que alguém tenha direito à moradia é necessário passar por uma série de serviços com acompanhamento sistemático e só assim, talvez alcançar o tão sonhado direito a ter uma casa.


No Brasil existem duas experiências em curso baseadas no ‘Moradia Primeiro’ , em Curitiba (PR) e outra em Porto Alegre (RS).


Ouvimos alguns participantes, como a assistente social do Canto da Rua Emergencial, Paola que fez ponderações sobre as especificidades no Brasil em comparação às realidades em outros países onde esse projeto foi implantado. “Precisamos fortalecer o que já existe como política pública para a pop de rua daqui e não copiar projetos de fora", opinou ela.


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